Anos após as primeiras notícias sobre o seu desenvolvimento, a série live-action de Avatar: O Último Mestre do Ar finalmente está próxima de ser lançada no final deste mês (22/02). E assim, com novas entrevistas sobre a adaptação sendo publicadas, o showrunner Albert Kim voltou a abordar mais algumas modificações que foram feitas na sua adaptação – incluindo em um aspecto tão importante como a linha temporal da narrativa.
Vale destacar que já falamos anteriormente no Universo Sagas sobre mudanças aplicadas ao Estado Avatar e no arco de Azula. Devemos lembrar, também, que sabemos que a versão live-action da série animada terá modificações inevitáveis para a exploração da história abordada no Livro Um: Água, ainda mais por estar lidando com atores tão jovens que ainda estão crescendo enquanto o projeto está sendo desenvolvido.
Dessa maneira, antes de falarmos sobre as mudanças na linha do tempo no live-action, vamos explicar um pouco sobre a narrativa que é explorada no material original.
A história do Livro Um em Avatar: A Lenda de Aang
Sendo utilizado como o título da primeira temporada de “Avatar: A Lenda de Aang“, o Livro Um: Água faz referência ao ciclo do Avatar – que é constituído da seguinte maneira: Água, Terra, Fogo e Ar.
E assim, os eventos deste livro contém a história de como Aang é descoberto por Katara e Sokka, dois irmãos da Tribo de Água do Sul que encontram o jovem nômade do ar, e a jornada do garoto enquanto ele parte em uma aventura para aprender a dominar os quatro elementos – começando pela Dobra da Água – para, assim, pôr um fim à guerra iniciada pela Nação do Fogo que começou há 100 anos, quando o Avatar desapareceu.
É durante essa busca de Aang pelos grandes mestres de cada elemento que ele descobre sobre o Cometa de Sozin e um prazo final é colocado em sua aventura: com a aproximação da marca de 100 anos desde a passagem que o último cometa aconteceu, a ameaça da Nação do Fogo aumenta exponencialmente quando eles descobrem que esse foi o elemento que deu tanto poder aos Dobradores de Fogo – e que deu início a tirania do Senhor do Fogo Ozai.
Albert Kim confirma mudanças na linha temporal em Avatar: O Último Mestre do Ar
Explorando sua abordagem do material fonte para a sua adaptação, Albert Kim, o showrunner de “Avatar: O Último Mestre do Ar“, confirmou que eles tiveram que fazer uma grande mudança à linha do tempo da animação para que sua versão funcionasse para acomodar uma série com atores – dando espaço para um salto temporal caso a produção seja renovada pela Netflix.
Durante uma entrevista para o site Entertainment Weekly, o roteirista revelou que a sua narrativa precisou eliminar o elemento de tempo que o Cometa de Sozin traz e, assim, eles retiram o período restritivo de um ano em que os eventos das três temporadas da animação se passam. Dessa maneira, eles encontraram uma solução para o fato de que seus jovens atores continuam crescendo no mundo real:
“Todas as três temporadas da série animada essencialmente se passam ao longo de um ano civil. Não havia como fazermos isso. Então tivemos que projetar essa primeira temporada, especialmente, para acomodar a possibilidade de passar algum tempo entre a primeira e segunda temporada.
O cometa [de Sozin] representava o seu limite de tempo. Nós removemos esse relógio específico da nossa série por enquanto porque não podíamos saber exatamente quantos anos nossos atores vão ter nas temporadas subsequentes. Nós definitivamente pensamos nisso na primeira temporada para que possamos nos acomodar à puberdade, adolescência [dos atores], passagem do tempo – todas aquelas coisas divertidas que acontecem com seres humanos na vida real e que não acontecem com personagens animados.”
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